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Resgate da Turismo Nacional no Velopark (Corridas ou regatas?). Na pista: 6 Hs de Guaporé PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 03 October 2023 00:45

E aê Galera... agora é comigo!

 

Este final de semana, mais uma vez, graças ao excelente planejamento do automobilismo Tapuia (agradecimentos ao Gragamel) e seus profissionalíssimos promotores, não tivemos corridas programadas nos calendários nacionais.

 

Como na semana passada tivemos duas etapas do Campeonato Brasileiro de Endurance e a etapa da verdadeira categoria de Caminhões do país, a Fórmula Truck, se eu colocasse as 6 corridas do Campeonato Brasileiro de Turismo (by VICAR... agora vou chamar assim) no texto, minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, infartaria.

 

Assim, nesse final de semana, darei mais atenção ao campeonato que a partir do ano que vem, oficialmente, vai se assumir como categoria satélite da Stock Car, a VICAR informou que o campeão da divisão principal da Turismo Nacional de 2024 receberá como prêmio a bonificação do equivalente a uma temporada completa na Stock Series em uma apresentação especial para competidores, realizada no Velopark no sábado, dia 23/09. A valores de 2023, isso equivale a 750 mil reais (e tem gente que fala que automobilismo não dá dinheiro...).

 

Mas como nada nesse mundo é feito só de flores, veio em seguida a confirmação daquilo que todo mundo já sabia: Não teremos corridas em Brasília por conta do não término da interminável reforma e recuperação do autódromo da capital federal. As corridas foram transferidas para Cascavel, a capital do automobilismo brasileiro e paranaense, mas que considero uma decisão errada.

 

No início de setembro o Marcas Brasil Racing fez quatro corridas espetaculares no autódromo de Campo Grande, que é muito melhor que o arremedo de autódromo do Velopark ou que a pista gourmet de track day de Mogi-Guaçu. Há anos que a categoria abandonou o circuito mato-grossense, que possui um traçado excelente, enormes áreas de escape e que conseguiria fazer algo pra VICAR que ela não tem conseguido fazer: colocar público no autódromo! Recado pra D. Corleone e pra Camorra... procurem a CBA, revitalizem o autódromo de Campo Grande e ganhem mais uma praça para colocar suas categorias pra correr.

 

Agora vamos falar da Turismo Nacional, que enfrentou um final de semana de muita chuva no Velopark. Como está tudo no VT, dessa vez prestigiei a transmissão do próprio site, que teve a narração do aniversariante da última semana, o Filho do Deus do Egito e os comentários do Enviado de Cristo, revezando a cabine com sua camisa chique e a capa com galocha na pista. Colocaram umas cenas de churrasco de costela no fogo de chão na abertura, mas a verdade é que, mesmo como a oferta de visitação aos boxes para os primeiros presentes, mesmo sendo com entrada gratuita, não tinha gente na arquibancada e lá no Velopark, não tem área pra camping em torno da pista.

 

 

A largada da corrida 1, com a quantidade de água estava na pista, o Massaranduba (diretor de prova) determinou a largada atrás do Safety Car. Na sexta-feira, antes de começar a chover (na madrugada do sábado), Ernani Khun fez a pole position e tinha a seu lado Alexandre Frankenberger pra puxar o grid com 21 carros e a largada foi dada atrás do Safety Car e cronômetro de 15 minutos na regressiva correndo. Corrida difícil para o Velho Vamp, piloto do automobilismo virtual que veio encarar o asfalto (e a água).

 

 

Depois de algumas voltas atrás do Safety Car e com a diminuição da chuva, o Massaranduba mandou recolher o Safety Car e liberou o pega pra capar com 9 minutos de bandeira verde, mas tivemos algumas rodadas e algumas pancadas, Pablo Alves acertou o Eduardo Moratelli e os dois perderam muitas posições. Juninho Berlanda herdou a P3 e Augusto Freitas subiu pra P4, os dois líderes nas respectivas classes A e B. Podendo Arriscar, Pedro Pinheiro foi pra cima e ultrapassou Augusto Freitas. Celio Vinícius veio atrás e também ganhou a posição. Alexandre Frankenberger passou lotado na reta oposta e perdeu a P2 para Juninho Berlanda, que foi pra cima de Ernani Khun nos minutos finais e os dois trocaram posições na penúltima volta de forma espetacular, fazendo drift nas curvas. Ernani Khun foi parachoque largo e segurou a vitória e sem ser punido por furar a chicane na penúltima volta (milagrosamente) pelos ‘comissacos’. Juninho Berlanda ficou com a P2 e Alexandre Frankenberber com a P3. Pedro Pinheiro foi o vencedor na classe B, sendo o 4° na geral.

 

 

Aí veio o Safety Car para arrumar o grid para a corrida 2 e depois de duas voltas, foi dada a largada da corrida 2, com o cronômetro correndo e todos atrás do Safety Car. Na bandeira verde, Ernani Khun fez tudo certo e segurou a ponta, seguido por Juninho Berlanda e Alexandre Frankenberger. Pedro Pinheiro liderava a classe B, mas Eduardo Moratelli ficou parado na reta de largada e o Massaranduba botou pra fora o Safety Car. Duas voltas, resgate e relargada Ernani Khun repetiu a tática e manteve a ponta, com Juninho Berlanda recuperando a perda na reta oposta. Pedro Pinheiro superou Alexandre Frankenberger pra pegar a P3. Na volta seguinte, deu na traseira de Eduardo Cavalli na freada (?) da reta oposta, mas foi o carro parado de Ezaquiel Dall Asta fez o Safety Car voltar pra pista. Quem bate e está errado, leva 40s de punição. Tivemos bandeira verde para 2 voltas de tudo ou nada e os 3 primeiros mantiveram suas posições. Na última volta, Ernani Khun alargou novamente o parachoque e venceu a segunda, com Juninho Berlanda na P2 e Pedro Pinheiro, vencedor da classe B, na P3.

 

 

Na parte da tarde tivemos as corridas 3 e 4. A chuva deu uma aliviada, mas a pista ainda estava molhada enquanto o sol forçava a passagem entre as nuvens. Na corrida 3, o pole position foi Augusto Freitas, da classe B, tendo a seu lado Edu de Paula para puxarem os 22 carros do grid. Na segurança, o Massaranduba (diretor de prova) manteve a largada atrás do Safety Car após duas voltas e o cronômetro já estava rolando. Na bandeira verde, Augusto Freitas jogou duto, deu um chega pra lá em Edu de Paula que precisou cortar a chicane para continuar na P2. Celio Vinícius espalhou na curva 2 e Ernani Khun aproveitou pra ganhar a P3 com Pablo Alves vindo junto. Pablo Alves se enroscou com Juninho Berlanda e levou a pior, tendo que abandonar e provocou a entrada do Safety Car. Wilson Pinheiro se tocou com Felipe Pedrosa e foi para os boxes. Wilson Pinheiro abandonou. Quando iam dar a relargada, uns mais empolgados foram nadar na lama gramada e com o estica do Safety Car, só sobrou tempo para duas voltas de tudo ou nada e Ernani Khun foi pra cima de Edu de Paula, bateu porta com ele por 3 curvas para assumir a P2 e a liderança da classe A. Juninho Berlanda, na briga pelo campeonato com Khun, foi para o ataque e teve problemas, ficando para Arthur Scherer. Augusto Freitas venceu na geral e na classe B. Ernani Khun, o P2, venceu na categoria A e Edu de Paula foi o P3.

 

 

Depois de duas voltas e com a pista bem mais seca, tivemos a largada pra corrida 4. Fazer a largada atrás do Safety Car foi exagero do Massaranduba, mas pelo menos não diminuíram o tempo de prova. As primeiras posições se mantiveram após a largada, mas Ernani Khun partiu pra cima de Augusto Freitas. E tomou a ponta na freada da reta oposta. Os três primeiros escapavam porque Juninho Berlanda, com o carro avariado, ia segurando todo mundo atrás dele. Eduardo Moratelli passou lento na reta dos boxes, mas conseguiu tirar o carro da pista. Edu de Paula estava em cima de Augusto Freitas Fernando Trennepohl bateu forte com Junior Niju e o Massaranduba botou pra fora o Safety Car. O resgate foi rápido e só restaram 13 dos 22 carros na pista. Na relargada, Ernani Khun mandou bem e abriu na ponta. Junior Helte bateu na barreira de pneus na primeira chicane e ficou atravessado na pista, mas conseguiu voltar. Ernani Khun venceu a quarta corrida do dia, com Augusto Freitas na P2, sendo o vencedor na classe B e Edu de Paula ficou com a P3.

 

 

No domingo a chuva voltou com força pra desafiar os pilotos. Na corrida 5 o pole position era Ernani Khun, vencedor das quatro corridas do dia anterior e ao seu lado estava Alexandre Frankenberger pra puxar o grid com 21 carros, mas Pedro Pinheiro não saiu do grid, precisou de resgate e perdeu uma volta. Tinha mais água do que a manhã do sábado e o Massaranduba (diretor de prova) deu a largada com os carros atrás do Safety Car e o cronômetro correndo. As corridas do domingo tem 20 minutos, mas só depois de 10 minutos de procissão atrás do Safety Car que as luzes do Safety Car foram apagadas e ele recolheu para os boxes.

 

 

Dada a bandeira verde, nas primeiras posições não tivemos mudanças, com Ernani Khun liderando, seguido de Alexandre Frankenberg e Eduardo Moratelli. Sem spray no parabrisa, o líder ia abrindo frente enquanto no meio do pelotão os pilotos vinham na base do instinto. A melhor disputa estava rolando pela P3 e liderança da classe B, com Eduardo Moratelli, Augusto Freitas e Célio Vinícius que se enroscaram no final da reta dos boxes, com direito a batida na barreira de pneus, troca de tintas e o prejuízo foi todo de Eduardo Moratelli. Mais atrás, Pablo Alves aproveitou o enrosco pra tomar a posição de Juninho Berlanda que não parecia estar bem. O Safety Car voltou pra pista depois do enrosco entre Edu de Paula, Fernando Jr. e Rafael Correa, deixou o último atravessado na pista. Ficou a torcida pra ter uma última volta de tudo ou nada, mas com o resgate em andamento e o aumento da chuva, a corrida acabou em bandeira amarela com vitória de Ernani Khun, seguido de Alexandre Frankenberger e Augusto Freitas na P3, sendo o vencedor da classe B.

 

 

A última corrida do final de semana foi sem chuva, mas a pista ainda estava molhada e o grid tinha Augusto Freitas na pole position com Célio Vinicius ao seu lado para puxar os 22 pilotos. Na segurança, o Massaranduba deu a largada atrás do Safety Car e com o cronômetro correndo. Depois de duas voltas veio a bandeira verde e o pole deixou o grid na saudade. Edu de Paula bateu em Arthur Scherer e o enrosco dos dois deu a P3 de presente pra Ernani Khun e trouxe de volta o Safety Car pra pista. O resgate foi rápido e na relargada Ernani Khun deixou Célio Vinícius pra trás, tomou a P2 e foi pra cima de Augusto Freitas, e líder da B. Mais atrás, uma briga feroz entre Eduardo Moratelli, Pablo Alves e Eduardo Cavalli. Juninho Berlanda aproveitou e tomou a posição de Pablo Alves. Fernando Trennepohl e Rafael Correa foram mais fundo na troca de tintas e acabaram na grama. Trennepohl conseguiu voltar pra pista, Correa, não. Faltando 3 minutos o Safety Car voltou pra pista com o carro do Rafael Correa parado em local perigoso. Infelizmente a corrida acabou sob bandeira amarela. Augusto Freitas foi o vencedor no geral e na classe B, seguido de Ernani Khun (que ganhou as 6 corridas na classe A) e Célio Vinicius foi o P3.

 

O Ogro tá na Pista

No sábado tivemos as tradicionais Seis horas de Guaporé, em um dos autódromos mais fantásticos (o adjetivo não era bem esse...) do Brasil. Raiz com R maiúsculo, Guaporé não é pra braço duro. A tradicional corrida faz parte do campeonato gaúcho de superturismo e tem aqueles grids que enchem a reta, com 6 categorias e 54 carros na pista que vão de protótipos a Lamborghinis até Corsas e 54 carros.

 

 

Este ano foi feita uma reforma que criou uma ampliação das áreas de escape (que podia ser medida em palmos) nas curvas 1 e 2, além da curva do Radiador. A região atingida pelas enchentes é próxima a Guaporé e foi feita uma grande campanha de arrecadação de alimentos e bens de primeira necessidade para os desabrigados. Na pista, a vitória ficou com o trio formado por Bernardo Reuwsatt / Francisco Mooler / Marçal Muller com o Gol-Honda #28 (sim, você leu certo: Gol-Honda) da classe GT/GTL que derrotou a Lamborghini #111 de Vilson Jr / Carlos Kray / Fabiano Cardoso / "Batavo" Martins na corrida que começou no final da tarde e terminou só a noite.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Depois de duas semanas surtando, a minha Editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, vai me dar algum sossego com a coluna mais curta desta semana. Mas se as colunas foram longas, os acessos também foram. Duas semanas seguidas acima dos 50 mil leitores. Números padrão Miltão Carranca! HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA

- Sem corridas em geral na TV, o foco ficou no VT da MotoGP, com o Lewis Genérico na narração e o Mestre dos Magos nos comentários.

- A NASCAR foi pra Talladega e deixou o “Big One” para os últimos metros. Dureza foi aguentar o dublê de comentarista Pária brigando pelas atenções (e pelo microfone) com o Kojak, que teve um problema de conexão e deixou a gente tendo que aturar o sem noção, sozinho, na transmissão. Que tortura foram aqueles longos minutos.

- Esse espaço sempre foi voltado para rirmos um pouco, mas encerro a coluna com os meus sinceros pêsames à família do Nobre do Grid, Bird Clemente, um dos maiores pilotos da história do Brasil. Uma perda enorme para os amantes do automobilismo.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Tuesday, 03 October 2023 19:02 )