E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana foi de pé na estrada. Aproveitando o feriadão da próxima semana, levei D. patroa e os moleques para o Jalapão (eles vão voltar para 3 dias de aula, mas na quarta-feira à noite já vão estar aqui de volta). A Stock Car também meteu o pé na estrada e foi para a capital dos Hermanos fazer uma corrida fora do país, o que não fazia há alguns anos (desde 2017).

Neste final de semana o Circuito Oscar y Juan Galvez – que passou por uma reforma recente para se modernizar e onde é local de corridas e não de eventos aleatórios como uma certa área na zona sul de São Paulo – recebeu neste final de semana a corrida de “endurance” 200 Km de Buenos Aires, parte do calendário da Super TC 2000, uma das grandes categorias de turismo dos nossos vizinhos. Como muitos brasileiros estavam na pista, uma vez que as corridas são em dupla, a Stock Car foi lá fazer uma das preliminares (e não adianta espernear: foi preliminar mesmo!).

A corrida disputada na manhã do domingo foi transmitida ao vivo pelos canais globêsticos (a segunda vogal não era em essa...) e por alguns canais no youtube. Vergonhosamente, a Band vendeu os horários onde teríamos a corrida da Stock Car para programas pagos de sorteios de prêmios, disponibilizando a transmissão pela internet e programou um VT para depois da corrida da Fórmula 1: foi a minha opção. Fui aproveitar as águas cristalinas do Jalapão durante a manhã com a família.

Na hora do VT, com a narração do melhor do Brasil, meu camarada, o Sinestro e comentários do Dr. Smith (que deveria ficar fixo na categoria nacional para nossa felicidade), as primeiras imagens já mostravam os carros na volta de apresentação, sem identificarmos o grid (mais uma pisada na bola da Band). Após a volta de apresentação puxada por Felipe Fraga – o pole position – que tinha a seu lado Gianluca Petecof pra puxar os 31 carros do grid e quando o CASETTA (sim, esse é o nome do diretor de prova) deu a largada, Felipe Fraga seguriu a ponta, seguido de Gianluca Petecof e Gabriel Casagrande. Nuestro Hemano Assador, correndo em casa, era o P4 e foi pra cima de Gabriel Casagrande, mas o líder do campeonato, mesmo com 30 Kg de lastro, ia se mantendo na P3. Na abertura da volta 7, usando o push nutella, mas fazendo um X sensacional, Gabriel Casagrande tomou a P2 de Gianluca Petecof. A janela de box para a parada obrigatória foi aberta, mas antes que alguém entrasse, o CASETTA botou pra fora o Safety Car por conta da rodada do uruguaio Santiago Urrutia (que corre regularmente no TCR) e com isso ninguém entrou nos boxes. O Hermano Assador deu um vacilo, salgou a panceta e caiu para a P6, que foi superado por Thiago Camilo e Bobby Filho. A relargada veio em 2 voltas e os primeiros mantiveram suas posições. Logo na primeira passagem, os pilotos começaram a entrar nos boxes e na primeira leva veio Gabriel Casagrande. O carro do Decano Barrichello estava com a porta do lado do piloto estava aberta. Felipe Fraga voltou atrás de Felipe Fraga e Nuestro Hermano Assador recuperou a posição sobre Bobby Filho, mas viu Thiago Camilo voltar na sua frente. Depois das paradas, Gabriel Casagrande era o líder, seguido de Felipe Fraga e Gianluca Petecof, que nos minutos finais começou a apertar Felipe Fraga, tirou o pé nas duas voltas finais. O Nuestro Hermano Assador foi perdendo posições e caiu pra P10 na penúltima volta, mas na última volta tirou a P9 do Decano Barrichello. A vitória foi de Gabriel Casagrande, seguido de Felipe Fraga e Gianluca Petecof. Na reta final, o Hermano deixou o Decano passar e ficou ele com a P10 e o Decano com a P9.

Aí veio o tango do bebum perneta pra arrumar o grid para a corrida 2. Mathias Rossi era o pole e ao seu lado tinha o Decano Barrichello. Duas voltas dadas e o CASETTA (o diretor de prova) deu a largada. O Hermano segurou a ponta, seguido do Decano Barrichello e Rafael Suzuki. Cacá Bueno se estranhou com Felipe Baptista se tocaram e o veterano acertou uma barreira de pneus, jogando-os na pista, fazendo o CASETTA botar pra fora o Safety Car. A relargada veio rápida... e o retorno do Safety Car também, com Allam Khodair ficando parado em local perigoso, perto da barreira que Cacá Bueno acertou.  A bandeira verde veio na volta 7, junto com a abertura dos boxes. Os três primeiros se mantiveram e dos 3 primeiros quem primeiro entrou nos boxes foi Nuestro Hermano Assador. Com as variações das estratégias, ao final da janela de paradas o líder era o Nuestro Hermano Assador, seguido do Decano Barrichello e de Rafael Suzuki, que apertava o Decano Barrichello e o Nuestro Hermano Assador sumiu na frente. Faltando 3 minutos para o final, Bruno Baptista e César Ramos bateram quando o primeiro saiu dos boxes, enchendo a pista de detritos e obrigando o CASETTA a botar pra fora o Safety Car. Os Hermanos deram um show no resgate, mas não tivemos tempo para uma volta de tudo ou nada. Vitória em casa do Nuestro Hermano Assador, com o Decano Barrichello na P2 e Rafael Suzuki na P3. Após as corridas, os ‘comissacos’ puniram alguns pilotos, inclusive com desclassificações, mas estas não alteraram os pódios, que não tive paciência para assistir em VT.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- A transmissão da Fórmula 1 (graças ao bom Deus) voltou a ter o Goleiro de Pebolim como piloto comentarista, salvando a todos nós do despreparo do Dr. Smith, que foi escalado para a Stock Car (onde não tem que traduzir rádios) e nos poupou do Prosdócimo. Band, efetiva a troca!

- O Matuzaleme ficou de fora da transmissão. Foi informado que ele precisou passar por um procedimento cirúrgico para o qual eu desejo pronta recuperação e se precisar sentar naquelas almofadas de ar em forma de rosquinhas, não esqueça de recomendar o diretor de estúdio para não mostrar a almofada acidentalmente.

- Nas transmissões dos treinos livres, que são exibidos apenas no Bandsports, tivemos a presença do Mr. Burns, que sem o Prosdócimo para atrapalha-lo, consegue fazer comentários técnicos bem interessantes e muito melhores que os do Dr. Smith. Mas parece que ele não pode aparecer nas transmissões da Band em sinal aberto. Não apareceu nos treinos oficiais e nas corridas. Felizmente não colocaram o Dublê de comentarista, o Pária, no lugar.

- Sem ter o Matuzaleme pra respeitar o Caprichoso se sentiu bem à vontade para falar bobagens (o advérbio era bem esse...) e de “chamar bandeiras vermelhas” a confundir as cores dos pneus, ele fez de tudo um pouco.

- A palhaçada da regra de pneus e a obrigatoriedade de não darem mais de 18 voltas com nenhum composto deixou a corrida bem movimentada com as trocas de posições e ultrapassagens. A criação de algum tipo de regra surpresa pode deixar algumas corridas sonolentas como Barcelona interessantes.

- Por falar em Barcelona, no melhor estilo Neguim x Paquito, Woody e o Neguim ferraram (o verbo não era bem esse...) a estratégia da Mercedes na primeira curva, com o Neguim levando a pior. Na entrevista pra Cadeiruda, ele mostrou o que é o “Media Training”, dando uma “passada de pano” no acidente.

- Na Stock Car na Argentina, mesmo sendo uma das corridas preliminares da programação do domingo no autódromo, foi a corrida que teve mais público pra ver os carros da categoria correndo.

- A Band não passou a NASCA no Roval de Charlotte, uma das corridas mais interessantes do ano, e o sistema de streaming não funcionou. Passaram até futebol feminino, mas deixaram a corrida de fora.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.