E aê Galera... agora é comigo! O final de semana teve duas situações bem distintas: No Campeonato Brasileiro de Endurance, a penúltima etapa do campeonato tinha no tempo nublado e no risco de chuva um possível complicador para a corrida de 4 horas no minúsculo traçado do Velopark e se a pista molhasse, isso poderia mudar a cara da corrida, penúltima etapa do campeonato que está aberto para todas as categorias. A transmissão pelo youtube foi garantida. Nem corri o risco de buscar a transmissão pela TV, que também tinha a narração do Alexi Lalas, os insuportáveis pitacos do dublê de comentarista, o Pária, e as quase sempre inconvenientes do puxa-saco do patrocinador (eu sei seu sobrenome. Tem vídeos com ele no youtube). No autódromo Orlando Moura, desprezado pelos esnobes promotores do automobilismo Tapuia (agradecimentos ao meu camarada, Alexandre Gargamel, que esta semana está publicando sua coluna de nº 500 no Nobres do Grid), a verdadera categoria de corridas de caminhões do Brasil, a Fórmula Truck foi até o estado do Mato Grosso do Sul para realizar sua penúltima etapa da temporada. Campeonato Brasileiro de Endurance. Na corrida do sábado, no Velopark, a pole position era – novamente – do AJR de Sarin Carlesso e Gustavo Martins. Ao seu lado largava Emílio Padro, Fernando Ohashi e Arthe Gama, com um protótipo Sigma G5, puxando o grid de 22 carros, com 11 protótipos, 6 GT3 e 5 GT4. Depois do sucesso da “janela variável” da última corrida, em Cascavel, eles mantiveram a fórmula para esse final de semana e nas três janelas obrigatórias por tempo, continua a regra dos 5 minutos, depois dos 30 minutos de corrida e no limite de 15 minutos para o final, com os carros podendo fazer outras paradas de 2 minutos e meio para mudar a estratégia de combustível. Com a pista curta, foram necessárias duas voltas de apresentação e nelas Emílio Padron, largando na primeira fila, rodou sozinho na curva depois da passagem no viaduto, mas recuperou a posição antes da bandeira verde, dada pelo PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de prova...). Sarin Carlesso largou bem e deixou pra trás a concorrência. Emílio Padron vacilou e perdeu a P2 para Ricardo Rodrigues, mas na segunda volta ele recuperou a posição. Sarin Carlesso abriu uma boa vantagem em duas voltas. Pedro Burguer estava na Ligier #117 e Marcelo Viana entraram na Briga pela P3. Na GT3 o líder era Mrcelo Hahn e na GT4 a liderança era de Leandro Ferrari. Emílio Padron foi pra cima e meteu por dentro buscando a ponta, tocou no AJR e os dois tiveram danos. O PIROCA (o diretor de prova) botou pra fora o Safety Car para limpar a pista de detritos com menos de 10 minutos de corrida. Na relargada, tivemos trocas na frente, com Sarin Carlesso recuperou ponta com ajuda da asa dianteira avariada no Sigma de Emílio Padron. Marcelo Viana ganhou a P3 rapidamente, foi pra cima de Emilio Padron e ganhou a P2. Ricardo Rodrigues armou um trenzinho dos P1 da P4 até a P7, de Xandinho Negrão que largou dos boxes, mas acabou superado por todos. A pista curta e os retardatários complicaram a vida de Marcelo Viana, que foi tocado por Marco Pisani, ficou ao contrário e tomou do mesmo Pisani na curva. E lá veio o PIROCA botando pra fora o Safety Car na pista outra vez. Na relargada, as posições foram mantidas. Logo as Ligier entraram na briga pela P2 e Marco Pisani quase tira a ligier #117 da corrida. Pedro Burguer ia defendendo a P2 de Xandinho Negrão e precisou ir na grama para evitar a batida. Marcelo Hahn vinha mantendo a McLaren estava na frente da categoria GT3 quando ficou lenta e Marcel Visconde assumiu a liderança. Na GT4 a liderança continuava com Leandro Ferrari. Com ajuda dos retardatários, Xandinho Negrão usou da sua experiência para ganhar a P2. Com 50 minutos de corrida as equipes começaram a trazer seus carros para a primeira parada obrigatória. Dos líderes, o primeiro a parar foi a Ligier, com a troca de Xandinho Negrão por Marcos Gomes. Depois das primeiras paradas obrigatórias, a liderança era pra vir para os boxes, mas Pedro Burguer parou na reta dos boxes e o PIROCA botou pra fora o Safety Car. Melhor para Marcos Gomes. Resgate rápido, bandeira verde e Marcos Gomes precisava segurar tudo com Gustavo Martins no ataque. A liderança era do AJR 75 de Fernando Fortes, beneficiado pela bandeira amarela em toda a pista, mas por pouco tempo. Logo Hegrão e Martins passaram por ele e passaram a brigar pela liderança. Max Wilson liderava na GT3 e André Moraes Jr. liderava na GT4 com 1 hora e meia de corrida. Como as paradas de abastecimento, sem ser interessantes, as equipes estavam usando de estratégias convencionais. Gustavo Martis foi perdendo rendimento e Fernando Fortes recuperou a P2. Na volta seguinte foi Vicente Orige que superou Gustavo Martins e tomou a P3, apertou o ritmo e chegou na Ligier de Marcos Gomes até que a panca feia de Danilo Dirani na curva antes do viaduto obrigou o PIROCA (o diretor de prova) a botar pra fora o Safety Car. Na relargada, Quem mais ganhou foi o vencedor da Cascavel de Ouro, com Pietro Rimbano ao volante, que tirou o atraso e era o P4 na mesma volta do líder. Metade da corrida disputada e Fernando Fortes recuperou a liderança quando começaram as paradas nos boxes. O céu foi fechando e a chuva ameaçava cair a qualquer momento. Ainda estávamos no meio do ciclo de paradas quando o céu ficou pesado. Só faltava a água cair... e ela caiu! Henrique Assumpção foi de pneus de chuva e Pietro Rimbano tomou a P2 de Xandinho Negrão. Quando tudo parecia complicar, a chuva parou e o asfalto secou e o líder estava com pneus de chuva e 4s mais lento que Pietro Rimbano. Cacá Bueno ganhou a liderança de Mauricio Billy e Tom Filho desbancou o Audi da Liderança na GT4 quando a chuva recomeçou. Ainda assim, Xandinho Negrão também passou por Henrique Assumpção e ganhou a P2. A chuva começou a aumentar com 1 hora e 15 para o final da corrida, mas os carros com pneu slick ainda viravam rápido. O carro de Sarin Carlesso ficou parado com o câmbio travado pouco antes de fechada a terceira hora e o PIROCA (o diretor de prova) botou pra fora o Safety Car. Última hora de prova, bandeira verde e Pietro Rimbano despachou o grid inteiro. O retardatário David Muffato estava na frente de Xandinho Negrão até que rodou sozinho. Max Wilson, que veio pra última hora de pneus de chuva (eles pararam segundos antes da bandeira amarela) e como a chuva apertou foi ficando complicado pra que estava de pneus slicks. Começaram as paradas. Max Wilson deu uma limada na frente do carro e os líderes foram parando para a última parada obrigatória e a pista estava molhada o suficiente para usarem os pneus de chuva. Depois das paradas (foi um congestionamento nos boxes) o líder geral era Marcos Gomes, seguido de Leandro Romera. Fernando Fortes era o P3. Na GT3, Cacá Bueno era o Líder e o P4 geral. Na GT4, Leandro Ferrari tinha 2 voltas de vantagem na liderança. Cacá Bueno tomou a P3 na geral de Fernando Fortes com a pista muito molhada. A chuva caía pesada e alguém escapar era algo fácil. Fernando Fortes foi punido em 20s por sair dos boxes antes do tempo mínimo e o PIROCA (o diretor de prova) botou pra fora o Safety Car faltando 43 minutos para o fim das 4 horas. 9 minutos depois, com uma chuva pesadíssima caindo, veio a bandeira vermelha. 15 minutos depois, a chuva parou. O PIROCA botou o Safety Car pra fora e ver se a corrida podia recomeçar... e ele foi raiz, mandando os 13 sobreviventes do grid de 22 carros pra pista. Bandeira verde e Marcos Gomes todo mundo pisou em ovos na relargda e os GT3 de Cacá Bueno e Max Wilson começaram a apertar o P1 de Leandro Romera enquanto Marcos Gomes abria vantagem na liderança. Max Wilson foi pra cima e tomou a liderança da GT3. Leandro Romera ia perdendo performance e foi superado pelos 2 GT3, de Marcos Gomes e Cacá Bueno. Ricardo Maurício chegou em Cacá Bueno. A BMW de Lucas Foresti pegou fogo e o PIROCA botou novamente o Safety Car na pista. Já tinha um trilho discreto nas retas e os tempos de volta baixaram de 1 minuto. Quem não gostou nada foi Marcos Gomes, que tinha 15s de vantagem pra Max Wilson. Na relargada, Leandro Romera logo recuperou a P2. Max Wilson era o líder da GT3 e o terceiro na geral. Fernando Fortes era o P4 e Ricardo Maurício passou Cacá Bueno. Leandro Ferrari ia tranqüilo na liderança da GT4. Com a pista mais seca, Fernando Fortes tomou a P3 de Max Wilson, mas eles tinham 20s de punição no tempo final. Ricardo Maurício chegava rápido em Max Wilson. Marcos Gomes levou o Ligier da equipe para a primeira vitória (na pista, em Goiânia eles herdaram a vitória com a desclassificação do líder). Leandro Romera ficou na P2 e, graças a punição do AJR #75, Max Wilson, o Goleiro de Pebolim, levou a Mercedes da família Billy à P3 e à vitória na GT3. Leandro Ferrari venceu com sobras na GT4. Fórmula Truck Gilberto Hidalgo, o promotor da verdadeira categoria dos Brutos no nosso país mostrou ser um homem de visão e arrojo ao levar a categoria para correr em Campo Grande, no Autódromo Orlando Moura. Um traçado excelente, uma pista segura e que os promotores nutella insistem em não usar. Mais uma vez tivemos a transmissão ao vivo pela Rede TV tinha o Mickey Mouse na narração e o Cascabulho nos comentários, ambos com muita emoção e pouca precisão. A pole position era dele, o interminável, o inoxidável, Pedro Muffato. Ao seu lado, Taio Agostini e eles puxavam o grid com 26 caminhões (muitos caminhões tiveram problemas pra alinhar neste final de semana) e a pista úmida por conta da chuva que caiu pela manhã era mais um componente na disputa. Bandeira verde e subiu o fumaçê, com Pedro Muffato manteve a ponta, com Taio Agostini na P2 e Duda Conci na P3. Joãozinho Santa Helena tentou ganhar posições na largada mas acabou se envolvendo em uma acidente na primeira curva. Nilton Jacobsen ganhou a P3, mas antes de completar a primeira volta se enroscou com Duda Conci e ambos saíram perdendo, com Douglas Torres ganhando a P3. Duda Conci ainda era o líder dos caminhões com Bomba Injetora na P4. A briga pela ponta era feroz com Taio Agostini apertando Pedro Muffato e os dois estavam despencados na frente, mas com o caminhão de Douglas Collet ficando atravessado na curva 6, o Pace Truck foi acionado e o pelotão foi agrupado. Resgate rápido e Pedro Mufato manteve a ponta, com Taio Agostini na P2 e Douglas Torres na P3. Taio Agostini atacou na curva 6, ficou lado a lado, ele e Pedro Muffato bateram porta pela liderança, mas Pedro Muffato segurou a ponta. Douglas Torres vinha perto. Duda Conci na P5 ainda era o líder da classe Bomba Injetora. A briga no miolo e Alisson Nuremberg levou a pior, ficando atravessado na pista, provocando outra entrada do Safety Truck. Mais um resgate dessa vez não foi tão rápido, com o caminhão travado na pista e arrastar 4,5 toneladas não é coisa fácil. Na relargada tínhamos apenas 1 volta de bandeira verde e Taio Agostini veio colado em Pedro Muffato. O P4 Ramires Fontanelli esparramou e foi capinar o mato, entregando a posição pra Duda Conci. Pedro Muffato alargou o pára-choque segurou a pressão e venceu a corrida 1, com Taio Agostini na P2 e Douglas Torres na P3. Duda Conci foi o vencedor na classe Bomba Injetora, chegando na P4. Aqui não tem inversão nutella de grid e os caminhões param para dar uma “arrumada e hidratada” nos pilotos dos brutos antes da corrida 2 (mudaram o regulamento e a partir desta etapa não era mais permitido mexer nos caminhões). Os protagonistas largavam na primeira fila, puxando o grid com os sobreviventes da corrida 1. Volta de apresentação dada, caminhões alinhados e dada a largada, subiu o fumacê com Pedro Muffato dominando a situação e manteve a liderança, seguido por Taio Agostini e Douglas Torres na P3. os dois lideres monopolizaram as primeiras voltas e se destacaram na frente. Duda Conci mantinha a P4 e a liderança da classe Bomba Injetora, mas tinha Túlio Bendo e Rafael Fleck tirando a diferença. Rafael Fleck superou túlio Bendo e não demorou a ir pra cima de Duda Conci. Os dois trocaram posição e Túlio Bendo vinha na balada com a perda de Duda Conci que já tinha caído pra P6 no geral. Eram eles quem faziam a emoção na corrida porque Pedro Muffato ia abrindo vantagem décimo a décimo, volta a volta sobre Taio Agostini e os dois sumiram do parabrisa de Douglas Torres. Rafael Fleck conseguiu passar por Duda Conci e assumiu a P6, com a liderança da classe Bomba Injetora. Nilton Jacobsen e Joãozinho Santa Helena, que bateram na primeira curva da corrida 1 bateram novamente na corrida 2. Rafael Fleck abriu vantagem na sua classe enquanto Taio Agostini se reaproximou de Pedro Muffato, mas quando tudo parecia que teríamos uma briga pela ponta, nos minutos finais o caminhão de Taio Agostini perdeu rendimento e a preocupação da equipe passou a ser terminar a corrida. A sorte do único piloto que poderia tomar o título de Pedro Muffato é que o terceiro colocado estava muito longe e seu caminhão conseguiu resistir até o final da corrida. Vitória dobrada de Pedro Muffato, Taio Agostini chegou na P2 e Douglas Torres foi o P3. Rafael Fleck venceu na calasse Bomba Injetora. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Puxa saco pro Xandinho: Vocês estão na busca da conquista do campeonato no final da temporada? Que falta faz um Nelson Piquet dos bons tempos pra dar uma resposta daquelas... - O Pária está cada vez mais intragável. Como é que ninguém vê isso na Band? Basta contratar o Taquara Rachada que resolve o problema. - A galera que não me deixa na mão cantou uma pedra pra mim: É verdade que o Taquara Rachada tem medo de andar de avião? - Gilberto Hidalgo, vou mandar essa pra você: sua dupla da transmissão tem muita empolgação, mas falta foco, objetividade e tem que prestar atenção no que acontece na pista. - O mimimi da semana passada em cima da cantora do hino não foi nada. Vocês viram o que falaram da invasão de pista em Interlagos depois da F1? Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |