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Conhecidos os campeões da Turismo Nacional de 2023 em Cascavel PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 04 December 2023 00:00

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana em que tive só cheguei em casa na madrugada do sábado (trabalho duro, mas compensador) felizmente não foi sobrecarregado como calendário, mas não tive alívio nas emoções com a Turismo Nacional, mesmo gourmetizada e descaracterizada pela VICAR, proporcionando boas corridas na Capital Nacional do Automobilismo Brasileiro: Cascavel.

 

Desde o início do ano, prevenindo um eventual domínio de algum piloto, a última etapa (está no regulamento) tem sua pontuação dobrada. Desta forma, considerando as seis corridas na rodada, estarão em jogo 256 pontos, levando em conta também os pontos de bonificação por pole e volta mais rápida nas classes A e B, deixando o campeonato totalmente indefinido... será?

 

Com as atenções voltadas para a família, me organizei para assistir pelo canal do youtube (mas em “horário alternativo”) as quatro corridas do sábado, que na verdade são duas corridas de duas, com um respiro entre elas (os entendedores entenderão) e, evidente, precisei me dividir para não deixar ninguém ofendido, assistindo uma das “duas corridas com respiro” no canal oficial e a seguinte no portal High Speed, do meu camarada Pedro Malazartes. A narração e comentários, claro, estava nas mãos (e gargantas) mais poderosas do universo, com o Filho do Deus do Egito e o Enviado de Cristo.

 

Para corrida 1 Juninho Berlanda, líder do campeonato da classe A e Augusto Freitas, líder na classe B eram os poles em seus respectivos grids. Detalhe importante: ninguém mais tinha que carregar lastro do castigo por ser bom e competente. Os dois estavam na primeira fila e puxavam o grid com 22 carros. Estava um calor de matar na manhã do sábado, com 50°C no asfalto... mas com previsão de chuva para a tarde.

 

 

Completada a volta de apresentação, largada lançada e Juninho Berlanda tomou a ponta. Ernani Khun que largou na P3 tomou a P2 de Augusto Freitas, que depois foi superado por Guilherme Sirtoli, todos da classe A. Seu negócio era ficar na frente da galera da classe B, mas ele não quis dar chances para Ewerson Dias e retomou a P3 de Guilherme Sirtoli. Juninho Berlana vinha sobrando e deixava Ernani Khun bem pra trás. Pablo Alves, que largou na P14 vinha voando e recuperando posições para a segunda corrida pós-respiro. Fernando Trennepohl parou junto da barreira de pneus interna entre a saída do Bacião e a chegada para o S, mas sem risco de Safety Car. A disputa – na pista – estava quente no miolo do pelotão, mas lá na frente, Augusto Freitas chegou em Ernani Khun, mas sendo de classes diferentes e da mesma equipe, não ia ter briga. Fernando Jr. por pouco não provocou um Safety Car com seu carro parado na entrada do S, mas ele conseguiu religar o carro e recolher aos boxes. Vitória tranquila de Juninho Berlanda, com Ernani Khun na P2 e Augusto Freitas na P3, vencendo na classe B.

 

 

Aí veio aquele respiro pra arrumação da corrida 2. Aí não tem inversão de grid nutella, com Juninho Berlanda e Ernani Khun largando lado a lado pra puxar o grid com os sobreviventes da corrida 1. Duas voltas, tudo arrumado e o Massaranduba (o diretor de provas...) deu a largada... e o VT não mostrou! Cortaram a imagem dos carros entrando na reta dos boxes para o pelotão contornando o Bacião. Juninho Berlanda segurou a ponta, mas Ernani Khun veio colado nele. Guilherme Sirtoli forçava por fora pra cima de Augusto Freitas pela P3 e ganhou a posição. Pablo Alves, que era o P5, tomou a P4 de Augusto Freitas e vinha pra brigar pela ponta. Guilherme Sirtoli ficou e criou uma disputa sensacional pela P3 onde Pablo Alves acabou levando a melhor. Assim como na corrida 1, Juninho Berlanda foi abrindo frente e Pablo Alves, na empolgação, fez o Bacião pela área de escape, entregando a P3 para Augusto Freitas, que não demorou pra encostar em Ernani Khun como na corrida 1. Rafael de Paula ficou parado na grama na saída do Bacião quando faltavam 4 minutos e meio de corrida e o Massaranduba botou pra fora o Safety Car. Pelotão agrupado e relargada com menos de 2 minutos de corrida, Juninho Berlanda não deu chances e os 5 primeiros mantiveram suas posições. Pablo Alves tentou tomar a P3 de Augusto Freitas, mas ficou só na vontade. O pódio ficou igual ao da corrida 1, com vitória de Juninho Berlanda, seguido Ernani Khun e Augusto Freitas, vencedor da classe B.

 

 

A chuva que poderia mudar tudo para a corrida 3 na parte da tarde não veio e o grid tinha Juninho Berlanda novamente na pole position, tendo a seu lado Ernani Khun, pra puxarem o grid com os sobreviventes da manhã. Na largada foi o momento que Ernani Khun teve para tentar ganhar a ponta, mas Juninho Berlanda não deu moleza e pergulhou no Bacião na frente, seguido de Khun e Augusto Freitas, que largou na P3. Edu de Paula tentou atacar na primeira perna do S, errou a mão, atravessou na segunda perna e ficou ao contrário na grama. Pablo Alves veio babando e na segunda volta a briga pela P2 tinha Ernani Khun, Augusto Freitas e Pablo Alves. Juninho Berlanda já tinha 2s de vantagem. Na abertura da volta 4 Rafael Correia foi fechando portas na reta, tomou uma ralada no pára-choque e, como Raul Seixas, foi de cara contra o muro (salvadora barreira de pneus) do Bacião. O Massaranduba botou pra fora o Safety Car. Pelotão agrupado e nova chance para tirarem a liderança de Juninho Berlanda, que fez uma largadaça – mas Ernani Khun veio junto – e os dois deixaram o pelotão pra trás. Augusto Freitas sofreu pra manter a P3 e mais ainda Pablo Alves. Com isso, perderam contato com os líderes. Controlando o adversário, Juninho Berlanda venceu a terceira corrida do dia, com mais uma vez o pódio ficando com Ernani Khun na P2 e o vencedor da classe B, Augusto Freitas, chegando na P3.

 

 

Feita aquela arrumação de duas voltas para o grid da corrida 4, sem balé do bebum perneta, os sobreviventes do dia alinharam atrás do Safety Car com Juninho Berlanda – na P1 – e Augusto Freitas – na P3 correndo para o título. A vitória deles colocaria fim na disputa pelo caneco da temporada. “Só pra contrariar”, Juninho Berlanda não deu chances pra ninguém na largada e tomou o Bacião na P1, seguido de Ernani Khun e Augusto Freitas. Ewerson Dias dividiu pesado a curva de entrada da antiga reta dos boxes, pegou o companheiro de equipe e acabou abandonando. Célio Vinícius tomou a P4 de Pablo Alves e partia pra tentar mudar a realidade da classe B e impedir a conquista antecipada do título por Augusto Freitas. A briga mais animada da corrida ficou pela P7 com Pablo Alves, Arthur Scherer e Eduardo Cavalli. Juninho Berlanda não deu chances pra concorrência, venceu a quarta corrida do dia e sagrou-se campeão na classe A. Augusto Freitas segurou a pressão de Célio Vinicius nas voltas finais, não atacou Ernani Khun – o P2 – fez a quarta P3 do sábado e garantiu o título da classe B.

 

 

No domingo vieram as duas corridas de 20 minutos. Sol, calor e campeões na primeira fila, com Juninho Berlanda na pole e Augusto Freitas ao seu lado pra puxarem o grid com 22 carros. Juninho Berlanda largou tão bem que conseguiu mudar de lado, fazer tomada e mergulhar fundo no Bacião, abrindo vantagem para Augusto Freitas já nas primeiras curvas, que também abriu vantagem pra Guilherme Sirtoli... à frente de uma briga de loucos com 4-wide na reta antes do Bacião no completar da primeira volta. Os campeões abriram vantagem e partiam para repetir a receita do sábado, Ewerton Dias chegou em Gui Sirtoli e não tomou conhecimento, ganhando a P3 na autoridade. Na volta seguinte, Arthur Scherer colocou por dentro em Guilherme Sirtoli e Célio Vnícius atacou os dois colado ao muro dos boxes montando um 3-wide pra entrar no Bacião com o Jegue Neto (neto de Rogério dos Santos) atacando o trio. A briga no meio do pelotão fazia a alegria dos narradores. Só nos minutos finais voltaram a mostrar os líderes, com Juninho Berlanda controlando a distância para Augusto Freitas. Já na P3, a briga ficou boa com Célio Vinícius atacando Ewerson Dias, com Pablo Alves colado nos dois que brigavam pelo vice campeonato da classe B. Juninho Berlanda começou o domingo como terminou o sábado: vencendo! Na P2 veio o campeão da classe B, Augusto Freitas e Ewerton Dias foi pára-choque largo, segurando Célio Vinícius e Pablo Alves pra ficar com a P3.

 

 

Fechei a programação de domingo depois de um dia complicado, com meu ‘Cumpadi’ tendo o pai hospitalizado bem tarde da noite e fui buscar o VT da corrida no Portal High Speed, do meu camarada Pedro Malazartes. O Juninho Berlanda devia dar uma graça pra corrida e largar na P22, mas lá estava ele na pole position novamente, com Augusto Freitas ao seu lado puxando os sobreviventes da temporada. Volta de apresentação, carros alinhados (sem Eduardo Cavalli, que ficou parado no grid) e bandeira verde, com Juninho Berlanda e Augusto Freitas tomando as duas primeiras posições. A P3 era de Edu de Paula que fez não só uma grande largada, mas veio no ritmo dos ponteiros na primeira volta. Os três primeiros foram abrindo enquanto Ewerson Dias e Pablo Alves não estavam longe, mas daí em diante, a distância já era grande. A briga boa vinha da P6 pra trás, com a galera batendo porta, fazendo da grama extensão da pista. Na frente, Juninho Berlanda parecia ter a situação controlada e foi abrindo, deixando s disputa pela P2 entre Augusto Freitas e Edu de Paula animada. Sobrando na temporada inteira, Juninho Berlanda encerrou o campeonato com mais uma vitória, mas que depois da atravessada de Bruna Dias na entrada da reta dos boxes, a corrida terminu sob bandeira amarela. Augusto Freitas foi o P2, vencendo as seis corridas na classe B. Edu de Paula foi o P3.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- A VICAR anunciou 12 datas para eventos de suas corridas para o ano de 2024. Tudo muito lindo, apesar dos dois asteriscos (que deveriam ser três).

- Uma é a corrida no entorno do Mineirão. Nos anos 70 se correu lá e como não conseguiram fazer um autódromo decente num estado tão grande e rico, vão improvisar novamente um circuito urbano. Vamos ver se dá certo essa vez. O outro asterisco (oficial) é a incerteza sobre o circuito de Santa Cruz do Sul, que era pra ser um dos melhores do país se não fosse o problema político por lá.

- O “asterisco não oficial” fica por conta da interminável reforma do Autódromo Nelson Piquet, em Brasília, que consta do calendário da Stock Car como a penúltima etapa, apenas no final de novembro (pra ver se dá tempo de terminarem a reforma).

- A Stock ex-light está com 7 datas, sendo uma reservada a uma prova de endurance... vamos ver como vai ser isso.

- A Fórmula 4 Tapuia (obrigado Gargamel) vai ter 8 datas ao invés das 6 dos dois últimos anos e com uma corrida na casa dos hermanos (pra ver se atraem alguns pilotos de lá, porque aqui a coisa ta difícil...).

- A Turismo Gourmet Nacional também está na onda das corridas de endurance. Serão duas no ano, com o calendário tendo 8 datas (6 do campeonato regular e 2 das corridas de endurance).

- Sobre as coisas fora do Brasil com os brasileiros, não adiantou a histeria da pachecada: continuamos sem piloto no grid da F1! Se na F1 não deu, vamos agradecer também aos baladeiros Tapuias (mais um obrigado ao Gargamel), que misturam Red Bull com álcool e mantiveram o Fittineto montado no touro pra 2024. Já o Dirceu Borboleta vai estrear pilotando para uma equipe forte e a pachecada está indócil achando que “esse vai”.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.