Olá! Hoje, iremos falar um pouco do que se passou nessa semana, desde o momento "tira o pé da lama" da Sauber até a corrida de Moto GP neste domingo (21). Para ser coerente com a cronologia, falemos primeiro de F1. Tivemos os famosos testes para jovens durante os dias 17 e 19 de julho, que mais pareceu um teste para titulares. Vários titulares estiveram presentes na sessão, que, no meu ponto de vista, acabou sendo para as equipes tentarem identificar como lidar melhor com os pneus para as próximas corridas. Entre os titulares, podemos citar: Daniel Ricciardo, Kimi Raikkonen, Adrian Sutil, Paul di Resta, Felipe Massa, Sebastian Vettel, Giedo "Devagarde", Charles Pic, entre outros. Dois novatos, porém, chamaram a atenção durante os testes: James Calado e Carlos Sainz Jr. foram esses dois. O desempenho de Sainz Jr. talvez tenha sido circunstancial (testou pela Red Bull), mas o de Calado foi interessante. Além disso, foi marcante a presença de Daniel Ricciardo. O australiano da Toro Rosso testou tanto pela sua equipe quanto pela equipe austríaca. Teve um desempenho interessante. Por que isso é tão marcante aos meus olhos? Porque Ricardão luta por uma vaga na Red Bull, em confronto direto com Kimi Raikkonen. Sinceramente, acho que será ele mesmo a assumir o carro número dois, que será deixado por Mark Webber no ano que vem. Enquanto isso, a batata do Verme está assando cada vez mais e mais. Outra presença notável nos testes foi a de Susie Wolff. A piloto inglesa da Williams teve um bom desempenho durante os testes e andou à frente de alguns titulares durante a sessão em que participou. Poderá ter agradado a cúpula de sua equipe, da qual é piloto de desenvolvimento, para possíveis participações nas práticas coletivas do ano que vem (as famosas FPs). E a Sauber, hein? Pois é. A Sauber, que vivia um de seus momentos mais críticos desde a entrada da equipe na categoria, achou a grande solução para seus problemas. Garantiu seu futuro a um longo prazo. Fechou um acordo com três grandes empresas russas: a Investment Corporation International Fund, a State Fund of Development of Northwest Russian Federation e o National Institute of Aviation Technologies. Além disso, terá de efetivar em um de seus cockpits um russo, chamado Sergey Sirotkin, que, se chegar a sentar no cockpit da equipe helvética no ano que virá, estará na jovialidade de incríveis 18 anos. Será o mais jovem piloto a chegar na categoria. E terá que queimar várias e várias etapas de desenvolvimento. Bem, cheguei a levantar a ficha de Sirotkin, que depõe a seu favor com um título da Fórmula Abarth européia, em cima de nomes como o brasileiro Nicolas Costa. No ano passado e neste ano, tem se dividido entre algumas categorias de base, tendo conseguido um bom terceiro lugar na Auto GP World Series no ano passado. Neste, está disputando a World Series by Renault (Fórmula Renault 3.5), certame no qual ocupa o oitavo posto na classificação geral. Muito interessante a contratação deste russo pela Sauber. E vai render muita expectativa acerca de como ele se acostumará com a categoria com essa pouca idade. Só isso já é uma pressão enorme na cabeça do garoto, a menos que ele tire da cartola maturidade para isso. Fórmula 1 (x) check. Próxima parada: Moto GP!
Hoje, na principal categoria do Mundial de Moto velocidade, tivemos corrida no lendário circuito de Laguna Seca. Laguna Seca, sabem? Corkscrew (saca rolha)... A corrida foi sensacional, com várias ultrapassagens interessantes. Mas o destaque principal dessa prova foi o espanhol Marc Márquez. Pilotando a Honda, Marc teve um desempenho monstruoso e teve as coisas tão sob seu controle que fez parecer que era um veterano na categoria, com vários anos de experiência. O piloto da Honda superou Valentino Rossi numa manobra antológica na 'saca rolha', por fora. É só juntarmos os elementos deste fato: Superou Rossi, por fora e na 'saca rolha'. Posso estar parecendo deveras sensacionalista, mas eu tive o prazer de ver essa coisa ao vivo. Foi fantástico. O começo da prova foi marcado por alguns abandonos: Dois por quebras (Bradley Smith e Randy de Puniet) e um por queda (Aleix Espargaro). Depois de passar Rossi, Márquez foi à caça de Stefan Bradl. O alemão da LCR, satélite da Honda, havia largado na pole-position e até conseguiu manter um ritmo interessante na ponta na primeira metade da corrida, mas acabou cedendo ao melhor ritmo da Honda do espanhol. O tedesco terminou na segunda colocação. Aliás, a Honda dominou a corrida hoje. Entre os cinco primeiros, 4 motos Honda. O único intruso mesmo foi Valentino Rossi, que colocou sua Yamaha em mais um podium. O Doutor apenas conseguiu segurar a terceira colocação, pois foi bastante pressionado pelo espanhol Alvaro Bautista, em excelente atuação hoje com a Gresini. Lesionados, Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo enfrentaram as dificuldades e resolveram correr. O espanhol da Honda recebeu uma injeção de analgésicos para alinhar no grid, assim como o da Yamaha, que vem de duas injeções na clavícula esquerda. Os dois travaram um duelo durante a prova, e Pedrosa levou a melhor e cruzou em quinto, deixando Lorenzo em sexto. Cal Crutchlow, num dia em que a Yamaha ficou totalmente em segundo plano, não repetiu o desempenho que teve nas etapas anteriores e terminou apenas na sétima colocação. Ocupando a oitava e nona colocações, cruzaram as duas motos da Ducati, conduzidas, respectivamente, por Nicky Hayden e Andrea Dovizioso. Os dois, aliás, correram o tempo todo juntos, numa briga domiciliar. Chegaram a dar empurrões em plena reta principal. O italiano chegou a pedir desculpas ao estadunidense. Hayden chegou a repetir Márquez, com uma boa manobra sobre Dovizioso na 'saca rolha'. Completando o top-10, cruzou Héctor Barberá, da Avintia. É isso aí, galera. Abraços! António de Pádua |